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100 anos de história e tradição: Dara visita o Quilombo Sacopã

Como parte da programação em comemoração ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, o Projeto Daras promoveu a suas participantes uma visita, no dia 26 do mesmo mês, ao Quilombo Sacopã, no bairro da Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro.

A iniciativa, parceria entre o Instituto Dara e o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Padre Velloso, reuniu atividades como contação de poemas, oficinas de trança e turbante, confecção de bonecas abayomi, roda de jongo e muita música ao vivo. As visitantes puderam conhecer um pouco mais da história do quilombo, conversar sobre a luta diária das mulheres negras na sociedade e sobre o regime de desigualdade a qual são submetidas, mergulhar um pouco mais na cultura afro-brasileira e entender a importância simbólica do dia 25 de julho. 

A visita é muito importante para o público atendido pelo Projeto Daras e para a equipe do Instituto. Dados do Relatório anual de 2022 mostram que pretos ou pardos constituíram 76% das famílias atendidas pela instituição e quase 50% do quadro de funcionários. Mais do que uma festividade, o encontro possibilitou uma troca de saberes e conexão com a ancestralidade.

“Participei das oficinas, consegui botar minha banquinha de bijuterias e artesanatos, foi um dia maravilhoso. Só tenho a agradecer a equipe Dara e a todos que receberam a gente aqui”, conta Vanessa, participante do Projeto Daras.

O Projeto Daras foi uma iniciativa viabilizada a partir da Lei de Incentivo à Cultura e da Lei do ISS, com o patrocínio da TechnipFMC e da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Leia mais sobre o projeto e seu encerramento.

A próxima edição do Projeto Daras está prevista para o segundo semestre de 2023.

 

Sobre o Quilombo Sacopã

Criado por fugitivos da escravidão do Brasil colonial ainda no século XIX, o quilombo foi formalmente instituído em 1929 por Manoel Pinto Júnior na Ladeira Sacopã. A comunidade quilombola ocupa um terreno de mais de 18 mil m², no terceiro metro quadrado mais caro do estado do Rio de Janeiro, em uma representação de resistência em meio à elite carioca.