O Museu da História e Cultura Afro-Brasileira foi o destino do penúltimo encontro presencial do Projeto Conectados. Em celebração ao mês de novembro, que marca o dia da consciência negra, o projeto trabalhou durante todo o mês a temática racial com os jovens participantes, indo da importância da representatividade até o protagonismo negro e sua trajetória pela liberdade no contexto sócio histórico brasileiro.
A visita foi guiada pela funcionária do Museu, Mariana Maia, que apresentou a exposição Protagonismos, que retratava a verdadeira história sobre a luta contra a escravidão no Brasil, explicando sobre as revoluções comandadas por pessoas negras e como foi mérito desses lideres, que na época eram escravos, a liberdade que conseguiram. Por meio de obras de arte, confeccionadas por artistas negros, os jovens passearam através da história de resistência, conhecendo a luta dos negros para manterem suas raízes, desde sobrenomes roubados até as religiões de matriz africana que sofrem até hoje com a intolerância plantada no período escravagista. ‘’Conhecer outras religiões é acessar outras culturas’’, disse a guia.
Durante o passeio, a guia perguntou aos presentes quantos se consideravam negros e todos levantaram a mão. “Isso me deixa muito orgulhosa por todos terem consciência da sua negritude”, comentou Mariana.
Para Gisele da Mota, Coordenadora de Educação do Instituto Dara, explicar o contexto da luta dos negros no Brasil é muito importante para garantir que esses jovens se apropriem de sua cultura e de sua história. “Eu só me reconheci como mulher preta aos 27 anos, por isso eu acho importante visitar esses espaços para enfatizar nossas raízes”, finalizou Gisele.
O Projeto Conectados, patrocinado pelo Criança Esperança e pela Unesco, foi idealizado para guiar a trajetória de jovens através do conhecimento tecnológico e de pautas sociais, buscando despertar o interesse em áreas antes desconhecidas ou pouco apresentadas com intuito de mostrar que é possível alcançar qualquer objetivo desejável.
