Apesar de ser comum vermos nas propagandas de fraldas ou de margarina, mulheres aparecerem impecáveis, elegantes e tranquilas com sua família, sabemos que a maternidade está longe de ser um mar de rosas. E, mesmo que seja um acontecimento revolucionário na vida de alguém que, claro, experimentará o mais profundo amor, a maternidade é marcada por muitas sobrecargas físicas mentais.
Nesse contexto, milhões de mulheres nem sequer possuem renda, estando em estado de total vulnerabilidade, piorando gravemente a situação, já que, além das tarefas domésticas, elas precisam lidar com a fome e com a ausência de uma estrutura básica para poderem criar os seus filhos. Isso faz com que elas dependam de redes de apoio não apenas familiar, mas do Estado, através de políticas de assistência social e de ONGs que trabalham para minimizar essa realidade tão dura.
Considerando essas informações, criamos este artigo para mostrar a você a importância de redes de apoio para as mulheres. Confira a seguir:
Carga mental: a tarefa invisível das mulheres
No mundo do trabalho, os homens sempre foram aqueles responsáveis pelo planejamento e pelas regras. Não é incomum a gente ver muitos deles ocupando grandes cargos, sendo chefes de empresas, enquanto as suas esposas ficam com todo o trabalho doméstico, que envolve higiene da casa e das crianças, educação, alimentação, compras e outros detalhes.
Carga pesada
Esse trabalho feito pelas mulheres exige das mulheres muito esforço físico e mental e, muitas vezes, elas fazem todas essas atividades enquanto o seu parceiro relaxa em frente a TV. Isso faz com que elas se sintam sobrecarregadas e desvalorizadas, já que, a grande maioria precisa abandonar seus empregos para darem conta de cuidar da sua família, praticamente sozinhas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 92% das mulheres realizam o trabalho doméstico no país, contra 78,6% dos homens. A pesquisa mostrou também que elas dedicam, em média, 20 horas semanas do seu tempo para fazer essas atividades. Então, fica claro que existe uma desigualdade entre homens e mulheres quando o assunto é a divisão dessas tarefas.
Trabalho não remunerado
Sabemos que o trabalho doméstico pode ser muito cansativo e toma bastante do nosso tempo diário. Mas a sociedade ainda não valoriza e nem remunera esse trabalho, mesmo ele sendo fundamental para a economia do país, já que, para que alguém poder sair para um dia no seu emprego, é preciso que outra pessoa fique em casa para gerenciar o lar e, na maioria das vezes, essa pessoa é uma mulher, que abre mão da sua vida profissional em nome da família.
Pós-parto
Quando se trata de pós-parto, a realidade costuma ser bem mais cruel, pois a mulher experimenta, nesse período, muitas transformações em seu corpo e precisa estar 24 horas disponível para um ser humano que depende inteiramente da sua atenção. Isso pode causar diversos transtornos psicológicos e muito sofrimento para a sua vida e, nesse momento é muito importante ter com quem contar, por isso é muito importante a criação de uma rede de apoio.
Mulheres vulneráveis
Para as mulheres pobres, a realidade é ainda mais cruel. Segundo o IBGE, hoje, existem mais de 11 milhões de mães solo no Brasil e, muitas delas não conseguem ter acesso ao mercado de trabalho e direitos básicos. A situação ficou muito mais grave depois da pandemia do Coronavírus, em que muitas mulheres ficaram impedidas de buscar uma renda e os seus filhos não puderam frequentar nenhuma creche.
Para isso, o governo federal disponibilizou um auxílio que poderia dar a essas mulheres o direito de sobrevivência e a manutenção da sua família. Mas, hoje, esse valor não é mais pago e ainda existem muitas mães em situação de vulnerabilidade, dependendo de programas de assistência social para terem o que comer.
Como a rede de apoio pode ajudar
A rede de apoio é formada por pessoas e organizações que precisam estar dispostas sempre que a mãe precisar. Ou seja, além do apoio dentro da casa dessas famílias, é imprescindível auxílio de cunho financeiro, já que muitas dessas mães não possuem sequer dinheiro para prover a sua alimentação e a dos seus filhos.
Essas medidas de apoio à mãe podem ser benéficas a longo prazo, já que elas podem ajudar a mulher a se estruturar, permitindo que ela possa se profissionalizar ou conseguir algum emprego capaz de mantê-la independente de programas assistenciais.
Suporte da família e da sociedade
Assim, a rede de apoio é um suporte para a mãe, que entende que ela precisa de um momento só para si e que as tarefas podem ser divididas entre os pais e as pessoas que fazem parte da vida daquela família. Então, os apoiadores podem ser tanto os parentes do casal, como vizinhos e amigos, por exemplo.
Além deles, a mãe deve contar também com grupos de suporte psicológico, que ajudarão a prevenir doenças psíquicas e promovam a saúde da mulher, a partir do planejamento da gestação até depois do parto. Isso ajudará a promover vínculos saudáveis entre os familiares.
Organizações governamentais e não governamentais também podem cumprir um papel essencial, já que contam com uma equipe de profissionais capazes de ajudar famílias em situação de vulnerabilidade, prestando o suporte necessário para poderem se estruturar e terem condições de vidas básicas para se desenvolverem plenamente e autonomamente.
O Instituto Dara
O Instituto Dara é uma organização que ajuda a promover a saúde e desenvolvimento de famílias em estado de vulnerabilidade. Nesse sentido, pode atuar como uma rede de apoio para mães por meio do trabalho de voluntários, funcionários e de uma rede de parcerias.
O Instituto trabalha para empoderar essas pessoas, para que elas se tornem protagonistas do seu próprio desenvolvimento. E para que o instituto possa contribuir para o combate à pobreza de inúmeras famílias, a doação para essa ONG é fundamental.
E se você deseja ser um doador, mudando a realidade de muitas famílias, entre em contato com a gente.